Por Morgani Guzzo
Quinze anos após as primeiras políticas afirmativas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Conselho Universitário (CUn) aprovou, na última terça-feira, 8 de agosto de 2023, uma política institucional de ações afirmativas para pessoas transexuais, travestis, transmasculinas, transgêneras e não-binárias.
A política abrange do ensino básico à pós-graduação, garante reservas de vagas na graduação, na pós e em concursos públicos, bem como acesso prioritário a editais de assistência estudantil. Contempla, ainda, o combate à transfobia, campanhas, programas e ações educativas e adequações de infraestrutura. Apesar de outras universidades brasileiras já terem políticas de acesso a pessoas trans, nenhuma tem a mesma abrangência da política aprovada na UFSC.
A conquista é resultado da luta e da mobilização conjunta e coletiva de pessoas trans e do movimento trans, como a Rede Trans UFSC. O grupo de trabalho para elaboração de uma política voltada a pessoas trans iniciou em 2021, à época sob a coordenação da antiga Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD), gerida pela professora Francis Tourinho. Desde então, mais de 40 pessoas se dedicaram a essa tarefa, entre estudantes, técnicos administrativos, professores e integrantes das pró-reitorias de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae), de Pós-Graduação (PROPG), de Graduação (Prograd) e do Colégio de Aplicação, além da Pró-reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe).
“Um momento histórico que demarca uma nova posição institucional de enfrentamento às desigualdades de gênero”, resume a diretora de Ações Afirmativas e Equidade da Proafe, Marilise Luiza Martins dos Reis Sayão. “Será um documento que servirá de inspiração para outras universidades que se proponham a enfrentar a transfobia e avançar em suas políticas de ações afirmativas e de promoção dos direitos humanos”, complementa.
* Com informações de Camila Raposo/Agecom UFSC
Matéria completa disponível aqui: https://noticias.ufsc.br/2023/08/ufsc-aprova-politica-de-acesso-inclusao-e-permanencia-para-pessoas-trans-travestis-e-nao-binarias/