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Pesquisa do Observatório Sul-Sudeste sobre violências nas universidades é apresentada em Congresso Internacional, em Minas Gerais

Entre os dias 12 e 6 de agosto de 2024, a pós-doutoranda Morgani Guzzo esteve no XIII CONINTER - Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades, realizado na Universidade Estadual de Montes Claros/MG.

Como parte de seu trabalho de pós-doutorado junto ao Observatório Sul-Sudeste do INCT Caleidoscópio, a pesquisadora Morgani Guzzo apresentou seu estudo em andamento durante o XIII CONINTER – Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades, realizado na Universidade Estadual de Montes Claros, em Minas Gerais.

Realizado entre os dias 12 e 6 de agosto de 2024, o evento é o maior da área interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais do país, e tem sido um espaço importante para a articulação entre diferentes pesquisadoras/es/us e Programas de Pós-graduação interdisciplinares.

Com proposta de Comunicação Oral intitulada “Enfrentamento ao assédio e outras violências nas Universidades do Sul do Brasil: um panorama inicial”, Morgani apresentou o mapeamento das iniciativas de enfrentamento às violências das universidades públicas da região Sul do país, identificando que apenas um terço das instituições têm instituído mecanismos, campanhas ou equipamentos para acolhimento de denúncias e de pessoas em situação de violência e para o enfrentamento à cultura de assédio no ambiente acadêmico.

“Esse mapeamento é um dos objetivos do Observatório Sul-Sudeste do INCT Caleidoscópio, e tem sido feito com base nas informações disponíveis nos sites institucionais das Universidades. Por ser uma análise ainda inicial, o que conseguimos perceber é que são poucas as políticas e iniciativas implementadas nas universidades e que, mesmo aquelas que possuem mecanismos, é difícil identificar se estão sendo suficientes para o enfrentamento das violências que são estruturais em nossa sociedade e que, por isso, são reproduzidas nas relações acadêmicas”, explicou a pesquisadora.

Morgani Guzzo durante a apresentação no Coninter, em Montes Claros.
Morgani Guzzo durante a apresentação de trabalho, no XIII Coninter, em Montes Claros.

Grupo de Trabalho discutiu a produção de conhecimento plural na universidade

A pesquisa foi apresentada no Grupo de Trabalho GT 28, intitulado “Alteridades na Universidade saberes locais e diálogos críticos”, coordenado pelas professoras Carla Susana Alem Abrantes, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab/CE), Carla da Costa Dias, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Maria Raílma Alves, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes/MG).

Outros trabalhos apresentados no GT chamaram a atenção para a produção de conhecimento plural nas universidades a partir da presença de quilombolas, indígenas e imigrantes de países africanos. A potência dessas diferentes perspectivas de mundo tem transformado a construção dos saberes de universidades brasileiras, apesar das dificuldades impostas não só à sua entrada, mas principalmente à sua permanência e reconhecimento no ambiente científico.

Grupo de Trabalho 28 - "Alteridades na Universidade saberes locais e diálogos críticos", durante o XIII CONINTER, na Unimontes/MG.
Participantes do GT 28 – “Alteridades na Universidade saberes locais e diálogos críticos”, durante o XIII CONINTER, na Unimontes/MG.

Articulações durante o evento

Além das importantes discussões realizadas no Grupo de Trabalho, Morgani relata que também participou de outros GTs, além de Mesas Redondas e momentos culturais no evento e na cidade de Montes Claros. Nessa circulação, aproveitou para fazer contatos e convidar pesquisadoras de outras universidades para fazerem parte do Observatório Sul-Sudeste e o INCT Caleidoscópio.

“O evento também foi importante para conhecer pesquisadoras/es/us que estão trabalhando com o tema em outras partes do país. Uma delas é a professora Shirlena Campos de Souza Amaral, da Unirio, que coordenou o GT ‘Direitos Humanos, Diversidade e Ações Afirmativas’. Conversamos sobre o INCT e a convidei para ser nossa parceira. Além disso, estive muito próxima de outra pesquisadora que integra o Observatório Sul-Sudeste, a professora Claudia Maia, da Unimontes, que me acolheu em sua casa, foi comigo para as Festas de Agosto, tradicional da cidade, e também me ajudou a pensar questões da pesquisa, a partir do diálogo sobre um caso recente de assédio envolvendo um professor da universidade. Então foram dias de muitas trocas afetivas e intelectuais”, contou Morgani.

Morgani Guzzo é jornalista, doutora pelo Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, e pós-doutoranda do INCT Caleidoscópio, vinculada ao Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC), com supervisão da professora Dra. Joana Maria Pedro (UFSC).

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